quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Covardes!

Animais já não são empalhados com tanta frequência como antigamente, virou politicamente incorreto. Ainda bem. Só que estão empalhando outras coisas agora, cadeira é uma delas. Para que tanta crueldade com esta peça tão distinta da nossa mobília? Antes de serem empalhadas, as cadeiras são covardemente arrancadas de seu habitat natural e depois assassinadas com requintes de crueldade por seus algozes inescrupulosos e mercantilistas. Tudo para que colecionadores sem sentimentos ostentem os tais objetos em suas salas como troféus em homenagem à sua prepotência.

Os filhotes das cadeiras, os banquinhos, também costumam ser empalhados. Na verdade os banquinhos empalhados são até mais disputados do que as cadeiras. Há quem pague verdadeiras fortunas para ter um jovem e indefeso banquinho empalhado em cima de sua lareira.

Peço que a Sociedade Protetora dos Objetos Mobiliários e Adornos Decorativos tome uma providência! Que se faça a justiça e que esta crueldade acabe de uma vez por todas!

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Vamos facilitar!

Memorizo se eu quiser... É gincana agora? Chega de decorar complexas senhas alfanuméricas para saber onde paramos o carro. Como já disse uma vez Jerry Seinfeld, defendo o emprego de frases e palavras de efeito para nomear as vagas de estacionamento. Eis abaixo uma lista de sugestões. Ninguém nunca mais vai perder o carro se estacionar em:

- “Odeio a tua mãe!”
- “Ventríloquo argentino” (todos são argentinos, já repararam?)
- “Se esquecer eu te mato!”
- “Dá uma bitoca no meu nariz” (by Bozo)
- “Você parou aqui, vai tranquilo”
- “Forma de uma vaga de gelo!” (by Zan – Super Gêmeos)
- “Brooke Shields”
- “Chuchu é o quarto estado da água” (sólido, líquido, gasoso e chuchu)

Mundo politicamente incorreto

E se o Homem-Elefante quiser ser porteiro? Preconceituosa ao extremo essa plaquinha aí...

Está tudo perdido...


Acho que desisto... Cansei de tentar defender o ser humano e insistir em dizer que ele ainda tem bom senso. Tentei, juro que tentei entender qual é a relação entre os cachorrinhos e o papel higiênico. Será que alguém em sã consciência vai comprar um rolo de papel higiênico só porque na embalagem tem a foto de uns cachorrinhos fofos? Tem que ser muito tonto para cair neste golpe sujo dos Lex Luthores da propaganda.

Essa tática de usar bichinho bonitinho para vender de tudo já passou dos limites! Pô, até papel higiênico? Vamos acabar com a propaganda então! Sugiro abolirmos todas as agências de publicidade do planeta e fica estabelecido que para vender qualquer coisa basta botar uma foto de cachorro fofo. Eis uma pequena lista de produtos que vão começar a usar fotos de cachorro nas embalagens/campanhas:

- cimento
- arame farpado
- ácido sulfúrico
- implementos agrícolas
- cortador de unha
- absorvente íntimo
- enxaguante bucal
- desodorizador de ambientes
- lápis nº 2
- pomada para frieiras
- berimbau

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Fantásticos produtos de dupla função

Porta guarda-chuva... Extremamente prático e inteligente este novo produto. Está chovendo? Arranque a porta e use-a como guarda-chuva. O problema é saber se as pessoas terão força para levantar a porta acima da cabeça para se protegerem da chuva. Não sei, mas algo me diz que essa idéia não vai dar muito certo.

Estranhas proibições...

Traduzindo a placa: Proibida a entrada de homenzinhos de círculo-crânio verde.

Nunca vi um homenzinho de cabeça verde. Caso apareça algum, já está proibido de entrar... É o cúmulo da prevenção.

É velho ou é novo?

Estamos no início de outubro e os supermercados oferecem panetones a preços bem salgados. A grande dúvida é: já ou ainda? Esta oferta de panetones se trata da desova de estoques encalhados do Natal de 2007 ou são estoques novinhos em folha? Na dúvida, cheque o prazo de validade.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Achei...

Para quem estava com dificuldades para encontrar Michal Negrin, problema resolvido!

E aí, dá para encarar?

Na linha vanguardista do Sorvete Kent (quem se lembra?), lançaram a coxinha doce. A partir de agora não me espanto mais com nenhum lançamento da indústria alimentícia.

Agora chegou a nossa vez!!!!

Até que enfim a indústria automobilística tomou vergonha na cara e colcocou um preço justo num veículo. Chega de cobrar R$ 30 mil por um mequetrefe carro popular com motor 1.0 e com o interior todo de plástico, lembrando um Velotrol.
Agora com 24 suaves prestações de R$ 0,49 você pode adquirir um modelo tipo off-road!!! Já comprei o meu, e você?

Que as coisas continuem assim e que essa justiça de preços se estenda para os imóveis! Num futuro próximo veremos anúncios de apartamentos de 200 metros quadrados custando R$ 450. Quem disse que o Brasil não é um país justo e com oportunidades para todos?

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Cheio de não me toques...

Não tocar, quanta frescura... Vamos fazer coisa muito pior que é morder, mastigar, digerir e evacuar esse pão. Não entendo esse excesso de zelo por uma coisa que já tem um fim trágico anunciado.

Esse aviso é primo do "proibido pisar na grama". Já que é proibido tocar nos pães, como eles foram colocados ali na prateleira? Em algum ponto entre a produção e a exibição na prateleira, alguém teve que desobedecer a ordem e pegar os pães com as mãos! A não ser que essa padaria seja de algum mágico ou ilusionista que transporta os pães por levitação.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Corredores, uma classe intrigante

A figura do corredor sempre me intrigou, principalmente agora que tenho acompanhado os Jogos Olímpicos de Pequim. Eles correm do quê e para quê? Se voltássemos uns 700 anos no tempo e disséssemos que no futuro as pessoas (exceto os gregos) correriam por pura diversão ou esporte, seríamos queimados vivos nas fogueiras da Santa Inquisição. Para mim, correr, é apenas uma forma de fugir de alguma coisa ou de salvar a vida. Antigamente o homem corria de inimigos naturais que por ventura poderiam tirar sua vida, como o tigre-de-dentes-de-sabre e outros predadores vorazes.

Dizem que correr e andar faz bem ao coração, sendo assim pergunto: carteiro é imortal? Sim, porque se apenas correr ou andar fosse o santo remédio para o músculo da vida, os cardiologistas apenas diriam para seus debilitados pacientes: "Sr. Jarbas, vejo que seu miocárdio está muito comprometido. Aconselho o senhor a virar carteiro para aumentar suas chances de vida. Peça para os Correios para fazer suas entregas postais na rota Vila dos Remédios/Carapicuíba. Em duas semanas sentirá uma sensível evolução."

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Família feliz por R$ 39,00

Chegamos ao ponto máximo da carência afetiva que assola o mundo pós-moderno. Agora vendem por aí porta-retratos com fotos de famílias felizes, caso você não tenha uma ou caso a que você tem não seja lá essas coisas.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

A arte de batizar doces caseiros


Os doces caseiros são maravilhosos, não só pelo sabor único e apurado, mas pelos nomes intrigantes e originais. Quem nunca comeu um olho de sogra, pé de moleque, baba de moça ou bicho de pé e se perguntou de onde diabos tiraram esses nomes? Sensibilizado pela causa dos nomes curiosos de doces caseiros, preparei uma lista de novos doces que podem fazer sucesso e manter esta linda tradição secular:

fungada de militar
joanete de maratonista
anjinho expectorante
placentinha empanada
sovaco de ventríloquo
pus doce
cotovelo de balconista
verruga de costureira
catapora de sagu
próstata de padre
caspinha de coco
suorzinho de buço
chuletão doce
emprenha moça


Um detalhe preocupante sobre a aceitação dos doces caseiros no século XXI é a mesa de sobremesas de restaurantes tipo buffet. Vemos aquela infinidade de doces como bolos, tortas, sorvetes, brownies, petit gateaus... Bem lado dessas maravilhas vemos, intocados, aqueles potes com doce de figo em calda, doce de abóbora, doce de batata doce, bananada. É triste, mas convenhamos, não dá para botar lado a lado um bolo de chocolate e doce de figo! 100% das pessoas vai preferir o bolo! É concorrência desleal!

Mistérios dos Correios

Mesmo na era da internet os bancos adoram mandar o nosso extrato pelo correio. Esta, para mim, é a correspondência mais inútil que alguém pode receber, mais do que cartãozinho de aniversário daquela loja que você comprou um par de meias em 1993 e que até hoje cisma em te parabenizar todo ano. Extrato via correio é quase como uma relíquia histórica, pois mostra um panorama que não existe mais. Você já está no fim do mês, quase raspando o tacho, e aí chega aquele extrato todo bonitão do início do mês. Quando o extrato por correio chega, eu nem me dou ao trabalho de abrir, picoto e jogo fora. Quantas árvores seriam salvas se os bancos parassem de mandar esse maldito extrato via correio?

O legal é olhar atrás do envelope do banco e ver que há algumas alternativas para o carteiro preencher caso a correspondência não possa ser entregue: “Mudou-se”, "Falecido", “Ausente”... O mais fantástico é a opção “Recusado”. Fico imaginando o que teria dado origem a esta opção: “Saia daqui carteiro, você e esse extrato imundo e velho!!! Me recuso a receber este lixo de envelope!!! O carteiro sai chorando: “Mais um que recusa correspondência bancária...”

Há também a curiosa opção "Desconhecido". Como assim? Com esta opção, o banco atesta que nem sempre sabe para quem está mandando correspondência. Eis o que provavelmente acontece no departamento de correspondências para clientes (deve ter um, claro): "Precisamos bater a meta de entregas de extratos via correio! Inclui aí no mailing um monte de nomes! Tenta Adalberto Stanislaw de Anhanguera..."

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Era só o que faltava

Realmente era só o que me faltava. Fiz um download de um antivírus para proteger meu computador e eis que sou alertado que o antivírus pode conter vírus! Não se fazem mais antivírus como antigamente...

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Embalado sem contato manual

Outro dia comprei um pacote de pães de queijo congelados e fiquei pensando sobre uma frase que já vejo há tempos estampada na embalagem de diversos produtos alimentícios: "Embalado sem contato manual".

Notem que esta frase nos protege apenas contra o contato manual de humanos, mas não impede que chimpanzés, calopsitas, papagaios, lêmures, suricatos, cachorros, hienas, ursos, ETs, porcos ou pandas adestrados tenham embalado o produto. Para termos realmente certeza de que o produto alimentício é imaculado e não foi manipulado de forma alguma, sugiro aos fabricantes que utilizem o seguinte texto em suas embalagens:

"Produto embalado sem contato manual humano de qualquer filo, forma, credo, raça, classe social, orientação sexual ou política; bem como sem contato de qualquer forma de vida dos reinos animal, vegetal ou mineral, sejam eles organismos pluri ou unicelulares. Para os que acreditam, este produto também não sofreu contato de nenhuma espécie que habite nossa ou qualquer galáxia do espaço sideral, seja ele um Wookie, um Sith ou um Kriptoniano."
Produto X, o verdadeiro elo entre você e Deus."

terça-feira, 22 de julho de 2008

Ambulâncias e a falta de bom senso

Segundo a ABP (Associação Brasileira de Pacientes), 35% dos doentes transportados em ambulâncias ficam surdos e 100% dos motoristas de ambulâncias são completamente surdos. Não é de se espantar, já tentaram ficar perto de uma ambulância com a sirene ligada? Uma experiência completamente atordoante. Agora imaginem como se sente o pobre do doente que está lá dentro e é obrigado a aguentar a sirene durante todo o trajeto. É por isso que pedem silêncio dentro dos hospitais, os coitados dos doentes tiveram seus tímpanos fustigados pela sirene e agora precisam de calmaria absoluta. Na verdade, acho que os hospitais foram criados para tratar dos transtornos auditivos e psicológicos causados pelas sirenes.

Outro dado interessante é que o horário em que as ambulâncias estão à toda é justamente a hora do rush entre 17h e 19h. Isto quer dizer que as pessoas passam mal por volta desse horário. Não seria melhor e mais conveniente passar mal em outro horário? Talvez de madrugada, quando não há ninguém nas ruas e chega-se muito mais rápido ao hospital? Nesse caso talvez nem precisem ligar a sirene da ambulância. Até para passar mal tem que ter bom senso!

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Apoio ao evolucionismo

Adão e Eva? Prefiro ser um macaco evoluído a ser descendente de uma massa de barro com costelas, sinceramente. Adão era quase tecnicamente uma telha, uma moringa, um filtro de água Pozzani ou um cupinzeiro. Eva era apenas feita da costela dele, ou seja, também não era grande coisa. Ser descendente de um macaco hominídeo é muito mais negócio! Eles têm sistema imunológico, cérebro, polegares opositores...


Fragmentando os parentes

"E a perna da vó, tá melhor?", "E o pé do tio, sarou?", "E as costas da tia Marlene, ainda doendo?" , "E a mão do Juquinha, quebrou mesmo?"

Sempre nos referimos a partes específicas de nossos parentes e amigos quando algum deles está com problemas de saúde. Não os consideramos como seres completos. Que sacanagem! Quando vamos aprender a tratá-los com dignidade e respeito? Por isso que vivemos nesta sociedade superficial que só valoriza partes: bundas, peitos, pernas... O ser humano é mais do que isso, é um cojunto de várias coisas. Consideremos o conjunto!

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Tomou?

Sabem que somos os únicos animais que depois de adultos bebem o leite de outros animais? Um dos alimentos mais comuns e largamente consumidos entre os humanos é o leite da vaca. Um animal que tem poucas semelhanças com o homem, com exceção de serem também mamíferos e de às vezes dizerem “mú” . O mais estranho nesta estória é que todo ser humano acharia uma incongruência e até nojento beber leite humano depois de crescidos e acham perfeitamente normal beber o leite de um mamífero ruminante de meia tonelada. Vamos inverter a situação, nunca vi nenhuma vaca bebendo leite humano. Garanto que elas não se interessariam nem um pouco...

Já que queremos beber leite depois de crescidos, acho que seria mais óbvio bebermos leite humano. Que tal montarmos rebanhos de mulheres leiteiras dispostas a fornecer seu néctar nutritivo para toda a humanidade? Imaginem as famosas caixinhas de leite longa vida com lindas mulheres leiteiras estampadas no rótulo! Um dos empregos mais disputados seria o de ordenhador.

O mundo encantado da aviação civil



Viajar de avião é uma experiência interessante. Não só o voar em si, mas todo o processo que envolve a viagem de avião. Os aeroportos nos mostram um mundo mágico de idiossincrasias:


Indo para o aeroporto

São 6h59 e estou dentro do táxi, já nos domínios do aeroporto e angustiado com o engarrafamento para chegar ao portão de embarque. Enquanto o motorista discorre sobre seu plano infalível para combater de uma vez só a violência, a fome e o aquecimento global, noto como os taxistas gostam de fazer customizações audaciosas em seus veículos. Sejam fusquinhas da década de 70 ou sedans de luxo novinhos em folha, sempre tem alguma gambiarra que nos fascina. A desta vez era uma lâmpada fluorescente colocada bem porcamente no teto do carro, que dava ao cockpit uma iluminação similar a de uma farmácia. Pergunto ao motorista se a lâmpada original do carro era muito fraca e ele me diz: “Sabe como é, os clientes são exigentes e sempre querem uma novidade. Tenho que inovar sempre, senão fico para trás... Um colega meu prepara pipoca com o acendedor de cigarro e oferece de graça aos clientes. Um dia eu chego lá.”

Meu vôo está marcado para as 7h30 e não vejo possibilidades concretas de descer do táxi pelos próximos 10 minutos. São centenas de táxis tentando dividir uma rua de duas pistas magricelas. Muitas das pessoas que viajam de avião chegam de táxi e sozinhas ao aeroporto. Ou seja, para cada passageiro de cada avião, há um carro do lado de fora do aeroporto. Não faz muito sentido.


Celebridades

Sempre no mesmo vôo que você, especialmente se for da ponte aérea, haverá alguém famoso por perto. Vemos nos aeroportos um grande desfile de celebridades em estado bruto. Chego a ficar assustado com a real aparência de muitas delas. “Demorei para reconhecer... Então isso que é a fulana de tal??” A televisão e as fotos bem produzidas que vemos nas revistas são amplamente generosas com certas figuras. Acabo me sentindo ludibriado, como quando vamos a um fast-food e ao abrirmos a caixinha do sanduíche vemos lá dentro uma coisa mirrada, amarfanhada, torta e seca. Muito diferente da provocante e bela foto do cardápio.

Gostaria também de saber como os famosos fazem para entrar no avião sem fazer check-in e sem esperar na sala de embarque. Eu só os vejo dentro do avião já sentados e quase sempre de óculos escuros, ou no máximo subindo ou descendo as escadinhas de acesso à aeronave. Devem vir escondidos no caminhãozinho que traz as malas...


Destinos imaginários e o locutor tenebroso

Em Congonhas o cara que anuncia os vôos me dá medo. Sua voz gutural é uma mistura do Zé do Caixão com o Gil Gomes. Muito intimidador, principalmente porque para muitas pessoas a experiência de voar já é assustadora o bastante. O locutor faz questão de enfatizar a palavra “destino” quando faz a chamada dos vôos. Os mais assustados já ficam pensando que ele vai emendar um “incerto” ou um “desgraçado”. Deveriam trocar o locutor de voz horripilante por aquelas contadoras de historinhas infantis. Seria bem mais simpático e daria confiança às pessoas. Imaginem que diferente seria se uma voz doce tomasse conta do aeroporto dizendo o seguinte texto: “Oi Amiguinhos! O vôo 1234 para o Rio de Janeiro vai sair agorinha mesmo! Espero vocês no portãozinho número 12. Na sala de embarque vamos nos divertir à beça e depois viajar de aviãozinho. Uóónn..."

O que também me chama a atenção são os vôos enigmáticos. Já cansei de ouvir anunciarem o vôo para Navegantes. Fiquei observando e constatei que ninguém nunca se dirige ao portão de embarque anunciado para o vôo para Navegantes. Na verdade nunca conheci ninguém que fosse desta cidade ou que tivesse comentado comigo: "Semana passada eu estive em Navegantes..."

Acho que tudo não passa de invenção dos aeroportos para nos dar a sensação de que vários vôos estão saindo e que tudo está funcionando perfeitamente. Seria uma forma de não deixar que a gente repare que o nosso vôo está atrasado.


Refeições na aeronave

Quase todo vôo comercial tem alguma espécie de serviço de bordo. Minimalista ou não, sempre há um cardápio e acabam servindo algo para enganar o estômago. Nada mais natural do que estar sentado numa poltrona e comer alguma coisa. Quase nunca paramos para pensar que estamos a 10 mil metros de altitude e a uma velocidade de cruzeiro média de 700 Km/h. Quando percebemos isso, começamos a pensar o quão estranho é estar nessas condições e ainda por cima comendo. Mais estranho ainda é o ponto de vista de alguém que está em terra e avista um avião lá no céu. "Olhá lá o avião. Já parou para pensar que ali dentro daquele treco tem pessoas comendo neste exato momento?"

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Obrigado por avisar!

Vendo este recado que estava no vidro traseiro de um Gol "bolinha" 1995, aproveitei a chance para bater um papinho pessoalmente com JC. Ele estava parado em fila dupla esperando Santa Edwiges, que tinha dado um pulinho na quitanda para comprar giló. Reiterei meu respeito por Ele e papeamos amenidades por uns cinco minutos. De uma sapiência descomunal, JC opinou sobre o costume das pessoas de comprarem roupas de cama estampadas. Segundo Ele, não há sentido algum nas roupas de cama estampadas, pois as pessoas estarão de olhos fechados e dormindo dentro de um quarto escuro. Ou seja, não poderão apreciar as estampas. Sugeriu que todas fossem lisas, faria muito mais sentido.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Secador elétrico de mãos

Talvez seja a invenção mais descabida da história da humanidade. Quanto de energia deve gastar um treco desses? Você fica ali por mais de um minuto até que as mãos fiquem completamente secas. Gastar essa energia toda é menos nocivo para o meio ambiente do que usar papel para secar as mãos? Duvido.

Se o conceito é secar as mãos com vento, basta alargar as janelas. As pessoas ficarão com as mãos para fora até secar e ainda por cima podem bater um papinho ao longo do processo. Uma idéia ecologicamente correta, pois desta forma não há gasto de energia nem de papel.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Macrobiótica, um micro detalhe

Se existe a macrobiótica deve existir a microbiótica, certo? Pela lógica, se alguma coisa é chamada de macro é porque existe uma versão micro desta mesma coisa! Caso contrário teriam chamado este tipo de comida apenas de biótica, sem entrar no mérito se é macro ou micro.

O que seria comida macrobiótica? Diria que é todo tipo de comida que pode ser visto a olho nu. Consegue ver? Então é macrobiótica! Já a microbiótica, caso exista, seria todo alimento microscópico. Precisou de um microscópio para ver? Então é microbiótico! Simples assim.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Onde jogo isso aqui, afinal?

Apoio e acho que a reciclagem de lixo é fundamental para a preservação do nosso planeta. A única coisa que me incomoda é quando fico na dúvida sobre onde jogar determinados tipos de lixo. Esse treco é papel, metal ou plástico? Quem nunca se viu numa situação dessas, que atire a primeira pedra... reciclada.

Comi um chocolate e depois não soube em qual dos latões jogar o invólucro! Com o avanço das tecnologias e do desenvolvimento de novos materiais está cada vez mais difícil distinguir o que é papel, metal ou plástico. Na dúvida, botei o lixo no bolso e ainda não joguei fora. Vai ficar lá até eu descobrir do que ele é feito.

Além do papel, metal, plástico, vidro e orgânico, voto pela inclusão de mais uma categoria para o lixo reciclável: "Não tenho a menor idéia do que seja isso aqui". Seria um sexto latão, transparente talvez...

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Eu prometo não prometer (crônica de Thiago Pellegrin)

De acordo com pesquisas recentes do (CUCUC) Centro Universal de Comunicações Ultra Celestiais, o call center que atende a todos os santos não está dando conta de tanta reza, promessa e ladainha. Talvez seja sinal dos tempos, mas nunca se rezou ou se prometeu tanto quanto hoje.

Dona Yolanda é minha vizinha e mora no 33. Sempre que pego o elevador com ela, me conta que é devota de Santo Ambrósio e que acabou de fazer uma promessa nova para ele. Para se ter uma idéia, no último trimestre, a distinta senhora já fez 212 promessas para o santo. Isto dá a fantástica média de 2,35 promessas por dia (contando os dias úteis, os inúteis e os feriados). Coitado, Santo Ambrósio está fazendo do pâncreas coração para poder atender aos incessantes e cada vez mais audaciosos caprichos da Dona Yolanda. Mesmo que estruture uma agenda infalível e conte com assessores especializados em negociação avançada de promessas, o pobre santo não vai dar conta sequer dos pedidos da Dona Yolanda. Com tanto estresse e correria, Santo Ambrósio vai acabar tendo uma estafa ou ficando com uma úlcera bem das doloridas. Posso até ouvir os comentários:
"Carminha, você viu que o Santo Ambrósio foi internado às pressas?"
"Meu Deus, o que aconteceu? Não vai dizer que a Yolanda do 33 sobrecarregou o coitadinho de novo..."
"Que descarada! Agora vou ter que começar a prometer para o Santo Etelvino, que é o único mais livre ultimamente."
"O problema com o Santo Etelvino é que ele não tem o certificado de ISO 100.000 e nem conta com uma estrutura baseada em supply chain! Ele demora até uma semana para atender uma simples promessa de passar filho em recuperação da escola... Assim não vai dar."

O crescente número de promessas só não é mais alarmante do que as contrapartidas de baixo valor que estão sendo ultimamente propostas aos santos em troca de graças e milagres. Esse tal de "eu deixo de tomar refrigerante por um ano" ou "não como mais chocolate por uma semana" estão dando nos nervos dos santos em geral. Tanto que na semana passada convocaram uma reunião de emergência com o Todo Poderoso só para discutir esta questão e votar um novo sistema para remuneração dos sacro-serviços. Pelo jeito Ele tem andado bem fulo da vida com o descaramento de seus filhos e proibiu qualquer santo de prestar serviços pela aí em troca de promessas, segundo Ele, destituídas de moral. De agora em diante é só para atender promessas daqueles que se comprometem a ajudar ao próximo ou se engajam em alguma causa nobre como o desarmamento, o combate ao aquecimento global ou a extinção das uvas-passas.

"Precisamos valorizar nossa categoria! O próximo que conceder graças em troca de promessinha amoral, vou mandar lavar as latrinas celestes! Sem vassoura!!! Já que castigar as pessoas não adianta mais, já mandei todos os castigos possíveis e elas acabaram se acostumando com todos, vou começar a cortar as asinhas de santo por aqui!" Disse o Todo Poderoso, visível e sonoramente alterado.

"Mas meu Senhor, conceder graças está no nosso job description. Não podemos simplesmente parar com as graças, seria a derrocada do Sistema Celestial!" Ponderou o articulado São Clemente.

"OK, conceda graças, mas não conceda de graça!!! Ah, e chega desse negócio de acordo tácito! De agora em diante quero cada promessa formalizada por escrito, deixando muito claro qual foi a graça solicitada e a contrapartida oferecida!" Finalizou Deus, categoricamente do alto de sua plenitude onipresencial.

Só mesmo muita pachorra leva alguém a pedir um milagre em troca de deixar de comer chocolate. O que o santo tem a ver com isso? O que o santo, a humanidade ou o cosmos ganham com isso? Eu, se fosse santo, só de birra nem me daria ao trabalho de ajudar alguém que me oferecesse ficar sem tomar refrigerante. Faria uma aparição e diria: "Vai ficar sem tomar refrigerante? E daí? Problema seu! Estou aqui tranquilão na minha nuvenzinha, e você me aciona em troca dessa promessa ridícula? Vai ficar querendo!"

Se alguma pessoa nos faz um grande favor, ficamos todos agradecidos. Telefonamos para agradecer, mandamos flores, convidamos para jantar e etc. Agora, quando entramos em contato com o divino para pedir um favor, o que damos em troca? Ficamos sem comer chocolate e sem cortar o cabelo por seis meses! Experimente oferecer isso a qualquer um por aí, corre-se o risco de levar umas bordoadas! Chega de fazer pouco caso de santo. Nem o desapegado São Francisco concederia uma graça por tão pouco. E como diria o Sr. Zé Purgo lá da granja, "Tem gente que está abrindo mão de ser bondoso demais em vida só para não correr o risco de virar santo e depois ter que ficar atendendo promessas idiotas..."


terça-feira, 8 de julho de 2008

Palhaço!

O ser humano é engraçado, é o único animal que bota um nariz vermelho postiço e sai fazendo e falando tudo o que bem entende.

Hilária é a definição de palhaço no Wikipedia. Vejam quais são as "palhaçadas comuns" de acordo com o site:

- Uma flor que solta água pelo meio
- Vários palhaços saindo de um carro pequeno
- Golpear outros palhaços com um frango de borracha ou com bexigas (!!!)
- Dar tapas na cara de outros palhaços (!!!)
- Cambalhotas
- Jogar água no público
- Jogar uma torta na cara de outros palhaços


Sutiãs e o dilema da higiene

Opa, pera aí, tenho várias considerações sobre este encantador cartaz. O que eles estão considerando como sujo nessa estória, o sutiã ou os seios das distintas senhouras? O cartaz expressa uma preocupação com as mamas alheias ou com os sutiãs em oferta? Nunca ouvi falar em seios sujos. Durante um banho, os seios não são o foco da limpeza pesada, pelo que me consta. "Palhares, você viu o decote da Janete? Que peitos sujos! Ela podia dar uma lavadinha neles de vez em quando, né?"

Provar sutiã por cima da blusa não deve ser lá a melhor forma de saber se a peça caberá direito. Essa loja deve receber muitos pedidos de troca depois das compras. Quando em lojas de roupas, nunca me pediram para provar calças por cima da calça que estou vestindo. Os super-heróis que têm essa mania de botar cueca por cima das calças, veja o Super-Homem, o Batman, o Aquaman...

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Meus parabéns!

Nós, seres humanos (Homo sapiens), temos por volta de 200 mil anos de idade. A canção "Happy Birthday to You" foi composta nos EUA por volta de 1900. Fazendo uma conta grosseira, a humanidade passou aproximadamente 199.900 anos comemorando aniversários sem cantar "Parabéns". Aqui no Brasil a coisa é mais atrasada ainda. Em 508 anos de história só cantamos "Parabéns" há 66 anos, pois só em 1942 que os versos do "Parabéns pra Você" foram escritos. Duas inevitáveis e oportunas questões se fazem necessárias: Como é que celebrávamos os aniversários antes do advento do "Parabéns pra Você"? Sem o "Parabéns" como se sabia a hora de cortar o bolo?

O "Parabéns" é o momento máximo, o ápice, o apogeu de uma comemoração de aniversário. Qualquer festividade comemorativa pró-nascimento que se preze só se faz completa e ganha sentido quando alguém diz:"Agora vamos cantar o 'Parabéns'!" Ir embora de uma festa antes de cantar o "Parabéns" pode ser considerado delito grave e falta de consideração para com o aniversariante.

Além do intrínseco valor cultural e sentimental que o "Parabéns pra Você" traz em seus melodiosos versos, também é inegável sua influência econômica na sociedade de consumo pós-moderna e neoliberal. O "Parabéns pra Você" é a força motriz do milionário mercado dos buffets infantis. Em média uma festinha de buffet custa entre R$ 3 mil e R$ 5 mil. Podemos dizer, sem sombra de dúvida, que o "Parabéns pra Você" é o principal elemento para a precificação das referidas festinhas de salão. Afinal do que valeria uma sofisticada festinha de buffet sem a gloriosa canção?

Intrigante mesmo é imaginar como nossos antepassados faziam para comemomar aniversários antes do "Parabéns pra Você". Acho que vou perguntar para minha avó como era... Será que falavam só "ÊÊÊÊÊÊ", davam uns tapinhas nas costas do aniversariante e depois iam embora? Será que todos os convidados contavam até três e diziam "parabéns" ao mesmo tempo e em uníssono?

terça-feira, 1 de julho de 2008

Aventuras no supermercado IV - A manada de búfalos

No sábado passado tive a brilhante idéia vanguardista de ir a um mega-hiper-mercado norte-americano conferir se ele de fato possui os melhores preços da galáxia. Ao chegar no mega-lugar, percebi que a concentração de pessoas por metro quadrado excedia o patamar estipulado pela ONU como humanamente aceitável e seguro. Estava tão cheio que encontrei no recinto toda a sorte de formas de vida, desde unicelulares, céfalo-cordatos, passando pelos batráquios, nematelmintos de esqueleto quitinoso desestruturado, chegando até os primatas de polegar opositor. Enfim, Bombaim perdia no quesito "crowd".

Desistir era uma clara opção até que avistei, logo na entrada do antro, uma promoção imperdível de árvores de natal vindouras da China. Vintão num arbúsculo natalino? Tá Valendo! Fiquei mais animado e lá fui eu rumo ao inferno, com a certeza de encontrar lá dentro mais e mais promoções.

Meu parâmetro de preço bom é o custo dos Nuggets. Vou direto neles. Se os acepipes de frango prensado estiverem em conta, o resto também deve estar. Compra vai e compra vem, eis que o locutor oficial do estabelecimento anuncia com orgulho a tão aguardada super promoção do dia:
"E não percam! Computador sei lá o quê de X cólonbytes de memória Ramsés II e tcha nã nã por novecentos Reais!! Pagamento em até 12 vezes em qualquer cartão de crédito! Não é peça de mostruário não, é a última unidade e está fechada na caixa. Quem chegar primeiro leva!"
Depois destas palavras amigas do imaculado locutor, as pessoas a minha volta pararam tudo o que estavam fazendo e ficaram congeladas como que ainda processando a informação. O mega-estabelecimento ficou mudo por 2 segundos e o que se seguiu foi um movimento tenebroso, uma diáspora biltre acompanhada de urros guturais. Caos. Balbúrdia. Medo. Ódio. Todos rumaram feito búfalos para a seção de equipamentos eletrônicos com a esperança de agarrar a promoção. Minha reação imediata foi abaixar, fechar os olhos e esperar acordar num lugar melhor ouvindo o canto celestial dos anjos. Sobrevivi...

Continuei com a compra, intimidado e com a certeza de que estava na terra de ninguém, onde a qualquer momento tudo poderia acontecer.

Eufemismos para despistar mulheres feias

Com dificuldades para despistar com dignidade aquela mulher não tão bela assim que grudou no seu pé? Como você é um cavalheiro, eis algumas formas de dizer o quanto ela é feia sem ser (muito) indelicado:

"Nossa, eu não sabia que existia uma versão animada de Mademoiselles D'avignon*!"

"Te falei para parar de usar aquela maquiagem à base de plutônio."

"A beleza decretou feriado permanente em seu semblante."

"Você não é feia, digamos que apenas contraria a natureza da anatomia humana em alguns poucos aspectos. Como por exemplo a localização errônea de sua bacia muito próxima do queixo."


"Desculpe, não poderei beijá-la. Não sei porque, mas algo em você me lembra as fossas abissais do Oceano Índico."

"Pense pelo lado positivo, em festas de halloween você poderá ir bem à vontade, sem maquiagem e mesmo assim ganhar o prêmio de fantasia original!"


* Célebre quadro de Pablo Picasso, que inclusive é o que ilustra este post.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

A moda alimentar - Convenções das quais eu não participei

Assim como poucos e talentosos estilistas decidem o que o mundo vai vestir e achar “legal”, algumas pessoas decidem quais pratos e ingredientes vão estar na moda. De tempos em tempos algum ingrediente cai na graça do povo e passa a ser utilizado em larga escala.

A azeitona foi a precursora da moda alimentar. Estudos de fósseis demonstram que empadinhas paleozóicas já traziam este ingrediente em sua composição. Até os dias de hoje a azeitona figura no panteão de pratos salgados como uma obrigatoriedade, um acordo tácito entre humanos. Por que especificamente azeitona e não qualquer outra coisa como avelã, jabuticaba ou soja? Muita gente pede pizza em casa e não come as azeitonas, que depois ficam rolando dentro da embalagem vazia como um aviso: “nós estamos aqui! Não despreze as azeitonas!”

Mais recentemente tivemos o fenômeno do tomate seco com rúcula. “Você não gosta de tomate seco com rúcula???”, como se fosse uma velha tradição comer tais ingredientes juntos. Inventaram essa combinação ainda ontem e já tem gente defendendo-a com unhas e dentes!...

O pior modismo, entretanto, é uso indiscriminado de uvas-passas. Tudo leva passas. Desde aperitivos mistos com amendoim passando por doces e chegando ao absurdo de acompanhar até arroz. Sempre me empurraram a referida frutinha desidratada de maneira compulsória. Não tenho nada contra uva-passa, até acho gostoso. O que me incomoda é a maneira pouco democrática de distribuí-las. Daqui a pouco ao pedirmos para calibrarem nossos pneus no posto, teremos que dizer “sem passas, por favor.”

Sinto-me um injustiçado nessa estória toda. Nunca fui convidado para uma reunião para decidir os próximos ingredientes da moda. Eles simplesmente decidem e todo mundo acata, sem resistência, aos novos modismos alimentares.

Tráfego e férias escolares

Inevitavelmente, quando chegamos ao início de julho, alguém vem e fala: “Com as férias escolares o trânsito dá uma boa aliviada...” Não entendo, pelo que sei crianças não dirigem. Ou pelo menos não deveriam.

O grande erro do inverno - Camisetas perigosas

Quando o inverno chega, um certo costume perigoso fica em evidência. Existem pessoas que usam a camiseta que dormiram por baixo da roupa que usarão durante o dia. Elas pensam: "Tá um baita frio. Vou usar por baixo da minha roupa esta camiseta que usei para dormir ! Duvido que precise tirar a blusa. Ninguém nunca vai saber que estou usando esta camiseta por baixo de tudo..."
Ledo engano! Numa determinada hora do dia todo aquele frio sentido pela manhã se transforma num insuportável calor vulcânico que obriga o sujeito a tirar a blusa de lã e deixar à mostra aquela camiseta horrenda, mas muito confortável diga-se de passagem, que está por baixo. Revelam-se então detalhes importantes de seus gostos e da sua vida pessoal:

- DEDOS ENFURECIDOS – TURMA DATILOGRAFIA 1984

- PESQUEIRO TILÁPIA DOURADA. EU FUI.

- QUENTÃO (camiseta pintada à mão para aquela Festa Junina na qual você foi recrutado para trabalhar)

- TATU IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS – HÁ 50 ANOS ARANDO ESTE BRASIL!..
- BAR E LANCHES DRIBLE CERTO
- BEBA MALT 90
- MENUDO – WORLD TOUR ‘85
- EXPERIMENTE ZAMBINOS! UM LANÇAMENTO ELMA CHIPS
- PARTICIPEI DA 20ª CHURRASCADA DA ALEGRIA EM VALINHOS
- REALCE - GILBERTO GIL FÃ CLUBE.
- Camiseta com uma seta apontando para baixo (Da época em que você era todo engraçadinho com as meninas da escola).
- LEMBRANÇA DE NAZARÉ PAULISTA, SP

Você fala calourês?

Sempre me fascinou assistir a programas de calouros. Não que eu ache que esses programas sejam bons, apenas gosto do aspecto bizarro e de sentir vergonha pelas outras pessoas que estão ali na TV fazendo um papel questionável diante de milhões de telespectadores. Gosto de ver por maldade pura, na verdade.

Impagáveis são aqueles que vão cantar músicas em inglês (quase sempre da Mariah Carey ou Celine Dion) e não necessariamente falam ou pelo menos compreendem um pouco o idioma de Shakespeare. O resultado é uma coleção inestimável de pérolas fonéticas. O curioso é que algumas expressões aparecem com mais frequência do que outras e poderiam até servir para criar um novo dialeto: o calourês. Eis alguns exemplos campeões e suas prováveis equivalências:

Arrêin (rain?)
In máin láin (in my life?)
Pipo (people?)
Mái lô (my love?)
Tchu Guéda (together?)
A loviú (I love you?)

Usando os fonemas como peças de quebra-cabeças, podemos formar frases musicais de impacto como:

Pipo tchu guéda in máin láin...
A loviú mái lô...
Pipo arrêin a loviú...
Tchu guéda a loviú mái lô...
Arrêin in máin láin, pipo, pipo...

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Coma rápido, ou arque com as consequências

Ontem pedi comida chinesa em casa e fiquei pensando sobre uma instrução impressa nas embalagens que sempre me intrigou: "Consumo imediato". Cheguei à conclusão de que é impossível seguir esta recomendação literalmente, a não ser que você seja o próprio cozinheiro que fez a comida! Já que não dá para estar lá no restaurante do lado da panela e a comer imediatamente após seu preparo, acho que este tipo de comida deve ser consumido imediatamente no momento da entrega, ainda na porta e na frente do entregador.

Para que o consumo imediato, afinal? E se eu demorar uns 5 minutos até começar a comer a comida chinesa que chegou pelo delivery? O que vai acontecer? Por que só a comida chinesa via delivery traz esta recomendação? Pizzas não têm que ser consumidas imediatamente! Aliás, nada melhor do que pizza amanhecida requentada na frigideira. Será que lá na China todos comem imediatamente após a comida ser preparada? Deve ser um tal de boca e esôfagos queimados que eu vou te falar!

Obs: Notem que comida chinesa na China é apenas chamada de comida. Assim como arroz à grega na Grécia é apenas arroz e bife à milanesa em Milão é apenas bife.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Mansão fecal

Este casarão da mais alta estirpe envolto por um impecável e simétrico jardim, realmente aguça nossa curiosidade. Seria a residência de campo da realeza inglesa nos arredores de Surrey? Seria o refúgio bucólico de algum magnata da internet no sul da Califórnia? Seria uma reedição em grande estilo das termas romanas? Não meus caros, trata-se de um laboratório de análises clínicas plantado bem no coração da cidade de São Paulo. Quanta pompa para alojar potinhos com urina, fezes e outras excretas! Tem potinho de cocô vivendo nababescamente enquanto famílias nem têm onde morar. As diferenças sociais no nosso país atingiram patamares surreais. Tem gente fazendo exame de fezes só para ter parte de um sonho realizado: "Eu nunca poderia ter ou ficar numa casa tão bela como essa, mas pelo menos meu cocô vai passar um fim de semana inesquecível aí dentro..."

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Os adoráveis mini-pôneis

Quando era criança, lembro que mini-pônei estava na moda. Aquelas Expos de animais sempre anunciavam que a molecada podia dar uma voltinha de mini-pônei e no final ganhavam peixinhos e pintinhos grátis. Politicamente incorretíssimo nos dias de hoje essa coisa de dar peixinhos e pintinhos. Os peixinhos até que duravam, os pintinhos, coitados, morriam feito moscas. Não conheço nenhum pintinho grátis que tenha tido tempo ou a sorte de virar uma galinha ou um galo, todos morriam na infância.

Voltando para mini-pôneis, ninguém nunca mais falou deles. Onde estão os equinos eumétricos, ou vulgo mini-pôneis? Na verdade eu acho que nunca vi um ao vivo, começo a desconfiar da existência deles. Que coisa mais estranha, o mini-pônei é a versão miniatura de um pônei, que por sua vez é a versão miniatura de um cavalo, que por sua vez é a versão miniatura de uma girafa. É a miniatura da miniatura da miniatura. Mini-pônei é quase um ser microscópico, deve ser por isso que não os vemos por aí. Quando for fazer exame de sangue, vou perguntar se eles podem entrar na nossa corrente sanguínea. Imaginem o médico falando: "Dona Tereza, a senhora está com mini-pônei no sangue. Você foi a alguma Expo de animais recentemente? Deve ter se infectado lá..." Não possuímos mini-pôneis, somos infectados por eles.

Um dos meus sonhos de criança era ter um mini-pônei. Meu argumento era, "É menor do que um cachorro! Dá para criar no quintal! Deixa eu ter um, vai mãe!" Em homenagem ao meu sonho infantil, compus o "Funk do mini-pônei":

Eu quando criança era muito sorridente
Só que eu queria um presente diferente
Um mini-pônei... (é para brincar)
Um mini-pônei... (deixa eu te amar)

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Kalimá Shoptidê!!!!

Ontem passei na frente de uma concessionária de veículos que fica próxima ao meu escritório. Esse totem de lona movido a ar imediatamente despertou meu desejo por um carro novo! Foi só avistá-lo que corri para dentro da loja e pedi o modelo de luxo mais caro. O negócio seria feito caso não tivesse faltado luz e desligado o totem no exato momento em que entregava meu cartão de crédito. Acordei do meu transe e perguntei: "O que estou fazendo aqui?" O vendedor deu um sorriso amarelo e disse para eu esperar o totem voltar a funcionar que meu desejo de compra retornaria como um encanto. Saí de lá rapidinho, lembrei do Pesadelo de Kalimá do filme Indiana Jones e o Templo da Perdição.

Cuidado com os totens movidos a ar, eles emanam ondas misteriosas que embriagam nosso hipotálamo e fazem a gente comprar qualquer coisa. Mais do que um chamariz de venda, o totem poderia ser caracterizado como um golpe, tamanha sua eficiência. Nunca vi coisa igual. Esses gênios maquiavélicos do marketing...

segunda-feira, 16 de junho de 2008

O Sudário

Neste sábado eu realizei uma faxina rotineira na minha casa. Não foi nada muito avançado, apenas passei um aspirador e um pano úmido no chão dos quartos, sala, banheiro e cozinha. Como sábado é um dia de descanso, fiz a tal faxina em trajes caseiros como bermuda, camiseta e um par de meias nos pés. Depois de terminar tudo, notei que minhas meias apresentavam uma curiosa e intrigante imagem. Que fenômeno teria gerado aquela imagem tão perfeita da planta dos meus pés? O enigmático Santo Sudário imediatamente veio à minha cabeça. Teria eu sido escolhido como veículo para manifestações da fé? Estaria eu testemunhando um milagre ocorrido bem debaixo dos meus pés? O Sumo Pontífice reconheceria minhas meias como objetos sacros e as poria em exposição na Capela Sistina?

Enquanto fiquei nesta espécie de transe imaginando o que teria criado as imagens nas minhas meias, avistei uma forte luz branca vinda do banheiro. Não olhei diretamente, temendo algum tipo de dano nas minhas retinas. Foi aí que ouvi uma voz angelical que me disse: "O que vês impresso em tuas meias é a sujeira da tua casa. Limpe-a com mais frequência."

sexta-feira, 13 de junho de 2008

O incrível Dr. Lao

O célebre filme que muitos de nós vimos na Sessão da Tarde merece todas as honras. Não só foi uma adaptação competente do livro "O circo do Dr. Lao" como ganhou um Oscar pela maquiagem. O que realmente faz do filme um clássico, é que tiveram a manha de fazer um chinês! Isso lá em 1963, muito antes de George Lucas e Spielberg. O papel principal do filme é interpretado pelo americano Tony Randall, que de chinês não tinha nada, exceto quando comia rolinhos primavera no restaurante Golden Dragon.

Os ETs já sabem que somos babacas



Saiu hoje no Blue Bus: http://www.bluebus.com.br/show/1/84345/o_q_os_ets_vao_pensar_de_nos_depois_disso_filme_foi_pro_espaco

Não vai ser só por causa deste comercial que os ETs vão nos achar estranhos. Isso será só mais uma prova de que aqui na Terra o pessoal não bate bem. Há milênios que os ETs nos observam e nos acham meio babacas. O nosso próprio surgimento já foi uma piada em si, já que o primeiro homem foi feito de barro e a primeira mulher foi feita da costela dele. Só por isso já fomos motivo de piadas intergalácticas por milhares de anos: "Terra? Ah, aquele lugar estranho que tem um cara de barro e uma mulher de osso? Na primeira chuva esse tal de Adão vai sumir... Aquele lugar era bem mais evoluído quando tinha aqueles bichões engraçados, os dinossauros."

A humanidade evoluiu consideravelmente do barro para cá, mas ainda não convencemos os ETs de que somos sérios. A prova disso é que usamos colete e polaina, peças que vestimos mas ao mesmo tempo não estamos usando nada. Compramos roupa de cama estampada sendo que vamos estar dormindo num quarto escuro e nem vamos ver a estampa. Somos os únicos animais na Terra que mesmo depois de adultos continuamos a beber leite, só que de um bovino de meia tonelada que não exatamente se parece com um humano. Usamos pijama com bolso. Levamos nossos doentes dentro de ambulâncias com sirenes ensurdecedoras que mais pioram o estado dos coitados. Tomamos banho e mesmo assim nossas toalhas continuam ficando sujas. Vamos para um local escuro lotado de gente bêbada e suada fumando, cheio de luzes piscando, com um som altíssimo e ainda chamamos isso de diversão. Enfim, este comercial é inofensivo. Não vai melhorar nem piorar o conceito que os ETs já têm da gente.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Pirulito que bate-bate...

Já dizia a canção infantil... Muito interessante o formato de poeminha que fizeram deste aviso, com rima e tudo. Se chegaram ao ponto de escrever isso, é porque pirulitos estavam sendo quebrados nesta pacata lojinha de tranqueiras alimentares ali na rua Augusta. O pior é imaginar por que pirulitos estavam sendo quebrados: azar? ódio? peraltice? reivindicações por menores taxas glicêmicas? alterações na pressão atmosférica e na força de gravidade dentro da loja? Não sei. Só sei que fiquei até com medo de chegar perto dos pirulitos. Confesso que isso inibiu um certo impulso que estava sentindo de comprar um desses. Como diz o ditado: "o seguro morreu de velho". No caso dessa loja é: "o seguro acabou espantando o cliente e o desejo pelo pirulito morreu." Hein?

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Quebre e fique calmo



Vi isso hoje no Blue Bus: http://www.bluebus.com.br/show/1/84280/vending_machine_para_aliviar_sua_raiva_o_que_vc_acha_disso

Não tenho embasamento científico para provar que quebrar coisas pode acalmar pessoas, mas por observação posso dizer que sim. Recentemente estourei um cano no meu banheiro e tive que chamar um encanador para reparar a idiotice. O profissional chegou em casa meio esbaforido e depois de quebrar cerca de meio metro quadrado de parede, ele ficou visivelmente mais calmo. Começou a conversar e a contar piadas. Se eu soubesse que quebrar parede acalmava, eu mesmo teria feito.

Outro dado interessante que pode comprovar a teoria, é o trabalho de quebrar pedra que dão aos presos. O índice de rebeliões deve ser menor nos presídios que aplicam esta pena. Funcionários de demolidoras devem ser calminhos também. Depois de um dia inteiro de trabalho, chegam em casa mais calmos do que saíram. Estou pensando seriamente em trocar o ambiente dionisíaco da academia por um bico de demolidor ou encanador. Vou ficar bem mais calmo e ainda faturar uma graninha extra.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Crianças e o fumo, uma nova realidade

ABRAM A FOTO PARA VER EM DETALHES

Está liberado o fumo dentro da perua escolar! Nesses tempos de trânsito caótico, nada melhor para relaxar e passar o tempo do que um cigarrinho no caminho para casa. A molecadinha faz a maior algazarra nos bancos da perua enquanto fumam seus Marlborinhos junto com o Tio Alberto, o perueiro. Chegam em casa calminhos e pedindo um cafezinho para suas mamães. No meio da gritaria e do fumacê infantil dentro da perua, claramente podemos ouvir vozes pueris dizendo coisas como "Acende o meu, seu cara de xixi!", "Tem fogo aí, Joãozinho?" ou "Free Light??? O Abílio é mulherzinha!!!"

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Os perigos da beleza


As mulheres são vaidosas por natureza. Não há homem, ou qualquer outra forma de vida, que não admire uma mulher que esteja bem produzida, maquiada com bom gosto, cheirosa... Só que as mulhers, muitas vezes, transcendem a barreira do bom senso e as leis da física para atingir a perfeição estética. Elas correm sérios riscos em busca do tão sonhado padrão de beleza ditado pela mídia e culturalmente já impregnado no DNA feminino. Mais do que uma mulher bonita, nós homens gostamos de mulheres com integridade física preservada.

Quem nunca viu uma mulher se maquiando dentro do carro parado num farol? A hora mais perigosa e inacreditável é quando passam o lápis no contorno dos olhos. E se um carro neste exato momento batesse na traseira? A maquianda mulher teria seu globo ocular sumariamente perfurado, podendo levar à cegueira ou até mesmo a extirpação do órgão. Uma tragédia camoniana. Por outro lado, nós homens nos contorcemos quando um simples cisco cai em nossos olhos, quem diria ter que passar um lápis dentro olho. Mesmo com os ossos da mão quebrados as mulheres sempre acham uma maneira de manter seu ritual de embelezamento, mesmo que isso possa oferecer sérios riscos à sua saúde.

A escova progressiva é um verdadeiro ataque químico que acontece nos crânios femininos. À base de formol, este procedimento, em alguns casos, já levou mulheres à morte. Seus espíritos ficaram com cabelos maravilhosos, diga-se de passagem. Estatisticamente é mais perigoso fazer uma escova progressiva do que domar um leão ou fazer skydiving.

A chapinha é um apetrecho com potencial para ser usado como tortura. Dotada de duas chapas de cerâmica ou metal em forma de pinça que atingem temperaturas infernais, a chapinha é a companheira inseparável das mulheres para o alisamento eficaz de suas madeixas revoltas. Uma vez eu preparei um misto quente de bisnaguinha com uma chapinha. Foi o melhro que já comi. A chapinha poderia ser uma concorrente do George Foreman Grill, viabilizando a preparação de refeições e lanches em tamanho reduzido.

O curvex espanta por sua forma horripilante. Lembrando um fórceps ocular, o curvex nada mais é do que um normatizador de cílios. A primeira vez que vi um curvex sendo utilizado, gritei assustado: "Não arranca o olho!"

Mulheres têm medo de aranha, barata e lagartixa mas enfrentam coisas infinitamente mais perigosas e execráveis para ficarem bonitas. Isso para mim constitui uma incongruência inexplicável. "Ai, tira essa lagartixa daqui!!!!" Como assim tira essa lagartixa? Você acabou de arrancar com uma pinça todos os pêlos da axila e me vem com essa de medo de lagartixa? Com essa sua coragem feminina era para você comer essa lagartixa viva e ainda achar gostoso!
Obs: A foto acima é uma cena real, ou surreal, como queiram. Tati, você não precisa passar por estes rituais perigosos, foste abençoada com a beleza natural. Continue só com o enriquecimento de urânio, é mais seguro. Love U ;-)

sexta-feira, 6 de junho de 2008

A Kombi Surrealista

Brasileiro sabe improvisar magistralmente, nascemos com este dom divino e ninguém tasca. Somos tão hábeis na improvisação de assuntos cotidianos como John Coltrane era com seu saxofone. Em muitos casos a improvisação atinge níveis extremos, resultando na gambiarra, vulgo método irresponsável e completamente inapropriado de se fazer alguma coisa. Brasileiro é de vanguarda, descontextualiza, inventa, quebra paradigmas. Infelizmente nem sempre essa capacidade toda é voltada para construir coisas boas, mas essa é uma outra discussão para a qual chamarei Lex Luthor para participar. Se cada país fosse uma corrente artística, o Brasil seria a forma mais pura de surrealismo.

Nesse caso aqui transformaram uma Kombi, um lendário utilitário, em caminhão de lixo. Se eu parasse para conversar com o dono do veículo, provavelmente ficaria sabendo que recolher lixo é apenas uma das diversas atividades realizadas com o tal utilitário. Afinal, é preciso ganhar a vida e uma Kombi pode ser uma boa fonte de renda caso o dono saiba como utilizar seu potencial ao máximo. Vejam como seria a atarefada semana da Kombi:

Segunda-feira: Serviço de transporte de material do Centro de Estudos Avançados sobre Ébola e SARS da América do Sul
Terça-feira: Transporte de hortifrutigranjeiros de um produtor na região de Suzano para o CEAGESP
Quarta-feira: Serviço de ônibus escolar para a Escola Estadual de 1º e 2º grau Dr. Stromboli Pancrázio de Albuquerque
Quinta-feira: Coleta de lixo e dejetos hospitalares
Sexta-feira: Serviços de transporte de idosos para a Casa de Repouso Gil Vicente
Sábado: Serviço de carrocinha e apoio ao centro de zoonoses coletando animais que tenham sido expostos a radiação
Domingo: Venda de dogão prensado e churrasquinho na porta do estádio do Morumbi

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Aventuras no supermercado III - Cro-Magnon é a mãe!

Eis que no meio do açougue do supermercado me deparo com esta cena do período Paleolítico Inferior. Bistecas de porco aleatórias jogadas randomicamente de qualquer jeito. Se a moda pega, vamos ter todos os tipos de produtos completamente esparramados pelos supermercados. Será o modelo "Pega aí, seus animais!". Chega de embalagem, de gôndola. Para quê? Vamos mastigar tudo mesmo, não?