quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Cheio de não me toques...

Não tocar, quanta frescura... Vamos fazer coisa muito pior que é morder, mastigar, digerir e evacuar esse pão. Não entendo esse excesso de zelo por uma coisa que já tem um fim trágico anunciado.

Esse aviso é primo do "proibido pisar na grama". Já que é proibido tocar nos pães, como eles foram colocados ali na prateleira? Em algum ponto entre a produção e a exibição na prateleira, alguém teve que desobedecer a ordem e pegar os pães com as mãos! A não ser que essa padaria seja de algum mágico ou ilusionista que transporta os pães por levitação.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Corredores, uma classe intrigante

A figura do corredor sempre me intrigou, principalmente agora que tenho acompanhado os Jogos Olímpicos de Pequim. Eles correm do quê e para quê? Se voltássemos uns 700 anos no tempo e disséssemos que no futuro as pessoas (exceto os gregos) correriam por pura diversão ou esporte, seríamos queimados vivos nas fogueiras da Santa Inquisição. Para mim, correr, é apenas uma forma de fugir de alguma coisa ou de salvar a vida. Antigamente o homem corria de inimigos naturais que por ventura poderiam tirar sua vida, como o tigre-de-dentes-de-sabre e outros predadores vorazes.

Dizem que correr e andar faz bem ao coração, sendo assim pergunto: carteiro é imortal? Sim, porque se apenas correr ou andar fosse o santo remédio para o músculo da vida, os cardiologistas apenas diriam para seus debilitados pacientes: "Sr. Jarbas, vejo que seu miocárdio está muito comprometido. Aconselho o senhor a virar carteiro para aumentar suas chances de vida. Peça para os Correios para fazer suas entregas postais na rota Vila dos Remédios/Carapicuíba. Em duas semanas sentirá uma sensível evolução."

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Família feliz por R$ 39,00

Chegamos ao ponto máximo da carência afetiva que assola o mundo pós-moderno. Agora vendem por aí porta-retratos com fotos de famílias felizes, caso você não tenha uma ou caso a que você tem não seja lá essas coisas.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

A arte de batizar doces caseiros


Os doces caseiros são maravilhosos, não só pelo sabor único e apurado, mas pelos nomes intrigantes e originais. Quem nunca comeu um olho de sogra, pé de moleque, baba de moça ou bicho de pé e se perguntou de onde diabos tiraram esses nomes? Sensibilizado pela causa dos nomes curiosos de doces caseiros, preparei uma lista de novos doces que podem fazer sucesso e manter esta linda tradição secular:

fungada de militar
joanete de maratonista
anjinho expectorante
placentinha empanada
sovaco de ventríloquo
pus doce
cotovelo de balconista
verruga de costureira
catapora de sagu
próstata de padre
caspinha de coco
suorzinho de buço
chuletão doce
emprenha moça


Um detalhe preocupante sobre a aceitação dos doces caseiros no século XXI é a mesa de sobremesas de restaurantes tipo buffet. Vemos aquela infinidade de doces como bolos, tortas, sorvetes, brownies, petit gateaus... Bem lado dessas maravilhas vemos, intocados, aqueles potes com doce de figo em calda, doce de abóbora, doce de batata doce, bananada. É triste, mas convenhamos, não dá para botar lado a lado um bolo de chocolate e doce de figo! 100% das pessoas vai preferir o bolo! É concorrência desleal!

Mistérios dos Correios

Mesmo na era da internet os bancos adoram mandar o nosso extrato pelo correio. Esta, para mim, é a correspondência mais inútil que alguém pode receber, mais do que cartãozinho de aniversário daquela loja que você comprou um par de meias em 1993 e que até hoje cisma em te parabenizar todo ano. Extrato via correio é quase como uma relíquia histórica, pois mostra um panorama que não existe mais. Você já está no fim do mês, quase raspando o tacho, e aí chega aquele extrato todo bonitão do início do mês. Quando o extrato por correio chega, eu nem me dou ao trabalho de abrir, picoto e jogo fora. Quantas árvores seriam salvas se os bancos parassem de mandar esse maldito extrato via correio?

O legal é olhar atrás do envelope do banco e ver que há algumas alternativas para o carteiro preencher caso a correspondência não possa ser entregue: “Mudou-se”, "Falecido", “Ausente”... O mais fantástico é a opção “Recusado”. Fico imaginando o que teria dado origem a esta opção: “Saia daqui carteiro, você e esse extrato imundo e velho!!! Me recuso a receber este lixo de envelope!!! O carteiro sai chorando: “Mais um que recusa correspondência bancária...”

Há também a curiosa opção "Desconhecido". Como assim? Com esta opção, o banco atesta que nem sempre sabe para quem está mandando correspondência. Eis o que provavelmente acontece no departamento de correspondências para clientes (deve ter um, claro): "Precisamos bater a meta de entregas de extratos via correio! Inclui aí no mailing um monte de nomes! Tenta Adalberto Stanislaw de Anhanguera..."