quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

A dualidade do sutiã

Dando início às atividades de 2009, gostaria de falar um pouco sobre o sutiã, esta peça fundamental da indumentária feminina. Inventado pela americana Mary Jacobs, o sutiã teve uma trajetória conturbada. Foi queimado por feministas nos anos 60, teve seu papel social discutido à exaustão e passou por várias reformulações de design até alcançar seu atual status de “arma feminina de sedução”.

O sutiã também é um poderoso indicador do coeficiente de sensualidade de uma mulher. Explico. As mulheres podem ser divididas em dois grandes blocos, as sexualmente ativas e as sexualmente inativas (por opção ou por circunstâncias além de seu alcance). O primeiro bloco utiliza o sutiã como aliado no jogo da sedução. Rendas, transparências, cores ousadas e outros artifícios estéticos estão presentes nos sutiãs das sexualmente ativas. Já o outro bloco, usa o sutiã como um objeto funcional para carregar coisas. Servindo como uma espécie de bagageiro pessoal, o sutiã das sexualmente inativas serve para carregar os mais variados objetos como lenços, maço de cigarro, dinheiro e contas a pagar. Neste caso os sutiãs já não são mais escolhidos pelo seu apelo erótico, mas sim pelo seu tamanho, resistência do material e potencial para carregar objetos com eficácia e segurança. Que atire o primeiro mamilo, quem não conhece alguém que carrega coisas no sutiã.

O sutiã é certamente uma peça polivalente, podendo ser usado para várias finalidades. Se você, cara leitora, estiver usando seu sutiã para carregar coisas, acho que é hora de repensar sua vida sexual, se é que você tem ou ainda quer uma.