quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Sobras de um Natal selvagem


Paz, felicidade, amor, fé, luz e união são palavras que valem só para os humanos na época do Natal. Para os perus a coisa é diferente. Os coitados são estraçalhados sem dó nem piedade pela grande maioria dos católicos não-vegetarianos no mundo. É uma época de luto e pesar para as tenras e saborosas aves galiformes do gênero Meleagris. Para elas, não há feliz Natal nem sequer um ano novo. É uma pena, desculpem o trocadilho.

"...de dia é mercearia, de noite é sambão..."


Observo uma tendência nascendo. Muitos estabelecimentos estão apostando na dupla personalidade para perseverar nos negócios. Este aqui é um exemplo fantástico. Na Rua Augusta, quase esquina com a Estados Unidos, existe uma singela e familiar mercearia que quase não chama a atenção tamanha a sua timidez. Só que à noite, mais precisamente após às 20h, a coisa muda. O local se transforma no Sambão do Giba, um concorrido pagodão onde a turma vai azarar e "matar o bicho de com força" (como diria o mestre Stanislaw).

Um amigo meu está querendo embarcar nessa tal nova tendência da dupla personalidade empresarial e me disse que vai dar vida nova para sua velha padaria. "Não dizem que o que mais vende é comida e sexo? Vou fazer um cartaz dizendo: Panificadora Santa Edwiges após às 23h também é motel."

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Vagas para idosos

Este hipermercado está trocando todo o board de diretores e gerentes e resolveu preencher as 24 vagas com idosos. A alegação é que os velhinhos estão no exato perfil que a corporação está procurando, pois dormem menos, comem menos, pesam menos, enxergam menos, ouvem menos e falam o que pensam. O único problema é que eles infelizmente também duram menos nos cargos.

Qualquer coisa pode, menos hamburger

No parque das Cataratas os quatis podem comer qualquer coisa, exceto hamburger. A placa é bem explícita quanto a esta restrição alimentar. E não é porque o referido quitute ianque faça mal aos bichinhos, é que eles realmente não gostam de hamburger. Houve um caso de uma pessoa que, desavisadamente, deu um Cheese-Salada para um quati e foi terrivelmente atacada pelo animalzinho de gosto apurado.

Outro caso famoso foi o ataque impiedoso que uma horda de quatis fez a uma dessas lanchonetes famosas de fast-food. Além de aniquilarem todo o estoque de sanduíches e atearem fogo no estabelecimento, pegaram o palhaço-mascote como refém.

Quando em Iguassu Falls, cuidado com os hamburgers.

Obrigado pela foto, Adri.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

The Police


Só para registrar que eu estava lá no Maracanã para ver meus padrinhos do The Police. Keep it up!

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Mau elemento

Tirei essa foto na 45° Delegacia de Cães. Esse elemento, o Lucky, está sendo procurado por uma série de crimes caninos inafiançáveis: desvio de biscoitos caninos, tráfico de ração, receptação de ossinhos mastigáveis e vomitar no pet shop.
Notem que há uma instrução fonética de como pronunciar corretamente o nome do cão. Isso me faz pensar como seria dizer Lucky na língua dos cachorros... Provavelmete deve ser au-au...


Quer avisar? Avise direito!

Alguém... Muito vaga essa informação. Só me deixa mais preocupado, afinal na área de um caixa eletrônico sempre tem muita gente. Como vou saber exatamente quem está tentando me dar um golpe? O correto seria um aviso específico como: "Tá vendo aquele cara de camisa preta e tapa-olho? Não se preocupe, ele é cego. Fique esperto é com aquela mulher de óculos e risada igual a do Pica-Pau, ela já pegou a senha de uns dez clientes hoje."

Na pia vale tudo

Alguns estabelecimentos possuem pias em áreas comuns apenas para os clientes lavarem as mãos. Não é nenhuma novidade, já vi isso por aí em diversos restaurantes e bares. O que me deixa preocupado é que o estabelecimento da foto acima teve que botar um aviso dizendo que a pia é apenas para lavar as mãos... Todo aviso existe porque alguém já fez exatamente o contrário do que ele pede. Neste caso imagino os ilustres clientes que foram flagrados fazendo de tudo nesta pia como por exemplo: lavando as axilas, a cabeça, fazendo a barba, escovando os dentes, apoiando os pés para cortar as unhas, lavando as partes baixas, fazendo banho de assento* com permanganato de potássio...

* Na Academia Brasileira de Letras é comum também o banho de acento, que consiste em lavar o corpo com acentos circunflexos, agudos, crase, til, e tremas.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Fragmentos arqueológicos

A torrada sempre teve um papel importante na minha vida. Influenciado por meu avô, desde priscas eras eu consumo diariamente algumas fatias da versão integral. O recheio varia entre geléia, requeijão, cream cheese, queijo branco e Nutella, depende do meu estado de espírito e da natureza da refeição (café da manhã, café da tarde, ceia ou lanchinho aleatório). O fato é que a torrada é minha inseparável companheira e amante alimentar, como-a todos os dias.

Em função desta relação de longa data, adquiri um vasto conhecimento sobre como avaliar, escolher, estocar, manusear, consumir e apreciar torradas. Apesar de sensíveis avanços terem sido notados no quesito embalagem ao longo dos anos, ainda estamos longe de ter invólucros realmente confiáveis e que preservem a integridade física das apetitosas lindinhas douradas. Quase frequentemente, ao abrir as embalagens, me deparo com uma terrível realidade: torradas covardemente despedaçadas, estraçalhadas e moídas.

Sinto-me como um arqueólogo buscando vértebras de dinossauro no meio do deserto. Cada fragmento é importante e não deve ser desprezado. Além da óbvia raiva que sinto ao ver torradas esmigalhadas, fico tomado por uma imensa curiosidade, tentando imaginar quais atos truculentos seriam os responsáveis por deixá-las naquela horrenda situação. Em que parte do processo a violência ocorre? Na fabricação? No estoque? No transporte? No ponto de venda? Sinceramente não sei, mas imagino que os supermercados têm sua parcela de culpa. Uma vez eu vi o rapaz que colocava os produtos nas gôndolas fazendo embaixadinha com um pacote de torradas...

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Extintores em extinção

Vou perguntar para um bombeiro se apenas quebrando um vidro é possível apagar um incêncio. Caso essa mágica seja possível, sugiro que acabem com todos os extintores e mangueiras. Bastará apenas quebrar vidros perto de incêndios para apagá-los.
A secretária lá de casa quebra um copo todo dia, sendo assim posso ficar tranquilo que de incêndio eu estou livre.

"Amanhã de manhã, vou pedir 1 fatia de queijo para nós dois..."

Fui comprar queijo no supermercado outro dia e me deparei com esta verdadeira declaração de amor ao cliente. Quanta consideração em vender apenas uma mirrada fatia de um queijo que tem mais buraco do que queijo! Fazendo uma conta por cima temos o seguinte: Aproximadamente 15 buracos na fatia / Preço do produto R$ 3,33 = R$0,22 por buraco!

Se a moda pega, em breve teremos embalagens de arroz com 4 grãos... Fui tirar satisfações com o gerente do mercado e ele me disse que Einstein e Stephen Hawkin aprovariam o queijo com buracos (anti-matéria, no jargão científico) e ainda poderiam provar por meio de sofisticadas equações que os buracos dão um sabor todo especial ao produto. Foi o melhor argumento de vendas que ouvi nos últimos tempos, que aliás são relativos.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

E aí, vai encarar?

O mercado cada vez mais nos surpreende com seus produtos inusitados e ultra-direcionados para o consumidor moderno. Já vi vários festivais por aí: de camarão, de queijos, de vinhos, etc. Agora, festival de rasteiras é de fato algo inovador e vanguardista. Como diria o poeta, tem gosto para tudo, até para pagar para levar rasteira. O mais pitoresco é que o nome "Festival de Rasteiras" nos dá uma idéia de que ao pagar pelo serviço, o cliente tem à sua disposição uma vasta gama de espécies de rasteiras diferentes: rabo de arraia, rasteira tradicional, chute no vácuo com joelhada, rasteira com paulistinha, até as versões mais sofisticadas com direito a dedo no olho, calcanhar na virilha, puxão de cabelo, peba na testa e chubaba.
Não só os organizadores estão de parabéns pela pioneira iniciativa, como também pela sinérgica idéia de realizar o evento ao lado de um pronto-socorro ortopédico.

Foto de Patrícia Cavalcante.
Obrigado, Paty.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

O valioso papel higiênico

Para que o cadeado se dá para pegar o papel higiênico por baixo? Pelo santo amor da Trindade e das Almas Benditas, para que o cadeado? O cadeado deve custar mais caro do que o papel que ele está protegendo. O ladrão sabido vai roubar o cadeado e não o papel higiênico...

Aqui ninguém entra!


Antigimos o mais alto patamar da miopia em placas com este exemplo aqui. O camarada quer deixar tão claro que passar por esta porta é coisa para poucos, que acabou por proibir a entrada de qualquer coisa! Até mesmo o cara que botou a placa está proibido de entrar, ele se auto-proibiu! Simplesmente é proibida a entrada e ponto final. Já que o objetivo é não entrar, questiono a própria existência da porta. Para que se dar ao trabalho de instalar uma porta que ninguém vai poder abrir?

Respeite os idosos


Até os bonequinhos de placa envelhecem, é a lei da natureza. Agora, por que a representação de um idoso precisa ser com dor nas costas? Deram uma bengala e um reumatismo pro coitado do boneco velhinho. E por acaso todo idoso tem dor nas costas? Os que já morreram certamente não sofrem mais deste problema, mas entre os que estão na ativa, muitos nem sabem o que é uma dor nas costas. Se eu fosse um idoso e não tivesse dor nas costas e nem usasse bengala, sairia arrancando todas essas placas zombeteiras.
Agora experimentem ver a mesma placa só que sem a bengala. De um idoso vamos para algo do tipo: "Aqui é permitido dançar na boquinha da garrafa..."

domingo, 16 de setembro de 2007

Quase!


Cartaz pendurado num supermercado de Boituva no feriado do 7 de setembro. Estava indo direitinho até que um erro de concordância destruiu toda uma obra, todo um sonho. Não foi desta vez, caro cartazista. Continue tentando que um dia você brilhará!

Inclua-me fora dessa...

Isto é um convite ou uma ameaça? Cozinha de restaurante é como o interior do corpo humano. Se você visse a bagunça e sujeira que é lá dentro, nunca mais chegaria perto.

As abomináveis pessoas incompletas


Fazendo uma interpretação literal do aviso, temos: "Cuidado! Área sujeita a aparições de pessoas sem mãos, pés e pescoço. Se alguma delas se aproximar de você, não corra. Apenas afaste-se lentamente e busque ajuda."

domingo, 12 de agosto de 2007

Eu vi direito?


Vejam até onde vão os mercados na sua febre para vender produtos. Um quadrinho do Papabento ao lado de protetores para fogão. Sinceramente não consegui entender uma relação entre estes produtos. Vai ver como o fogão remete a fogo e fogo a inferno, o quadrinho do Papa é para proteger os desafortunados que possam cair na lábia do tinhoso... Só pode ser isso, uma mensagem subliminar eclesiástica nas prateleiras neoliberais dos mercados de varejo.
PS: reparem no precinho salgado do quadrinho do pontífice...

Tem preço para tudo


Menos para mim, acho que não valho nada...

Para quem não gosta de "light"


Neste mundo onde tudo é "zero", "light" e "diet", onde ficam os produtos politicamente incorretos? O pão de linguiça, o sonho de padaria e tantos outros quitutes que tanto nos agradam e hoje parecem um crime só de pensar neles. Este mercado teve a coragem de anunciá-los de uma maneira aberta, sincera e direta. Para aqueles que não têm problema de peso ou até mesmo para aqueles que querem se matar, os "produtos pesados" estão aí, é o livre arbítrio alimentar.

sábado, 11 de agosto de 2007

Torradas e as vanguardas artísticas


Estava eu tomando um lanche e descobri que tenho um talento nato: esculpir torradas com mordidas. O mapa do Brasil foi minha primeira criação, vejam que perfeição, que simetria. Estou atualmente trabalhando na reprodução da Santa Ceia. Já utilizei doze pacotes de torradas integrais e três copos de requeijão.

Para que salsinha, afinal?


Uns dizem que dá um gosto especial, outros acham sofisticado salpicar salsinha em cima de pratos prontos. O fato é que a salsinha não tem gosto de nada e só serve para ficar presa no dente e te deixar em situações embaraçosas. Nunca peça pratos com salsinha no primeiro encontro! Certamente elas migrarão em peso para os seus incisivos e caninos, acabando com sua imagem e com qualquer chance de êxito amoroso depois do jantar.

O monstro vegetal


Outro dia fui dar uma geral na minha geladeira e lá na gaveta das verduras e vegetais, bem lá no fundo, encontrei isso. Tomei um grande susto e cheguei a fugir da cozinha, em quase pânico. Fiquei olhando de longe para ver se não se mexia. Como notei que o ser era inanimado, fui me aproximando com cautela. Depois de muito escrutínio, percebi que a criatura se tratava de uma cebola. Talvez o frio da geladeira tenha sido o ambiente ideal para a cebola desenvolver tentáculos e antenas. Já está na hora de pararmos com o uso indiscriminado de agrotóxicos! Sem perceber, estamos criando seres em nossas geladeiras. Sorte que eu peguei a cebola ainda num estágio inicial de mutação. Se eu tivesse demorado mais um pouco para descobrir, talvez ela tivesse criado vida e me estrangulado enquanto estivesse dormindo...

Revolução francesa na vitrine


Que tipo de apelo as lojas querem criar com manequins de crianças guilhotinadas em suas vitrines? Quem na verdade perde a cabeça com os preços das peças das coleções infanto-juvenis são os pais. Nunca entendi porque roupas com menos pano custam mais caro. E roupinha de bebê então, os olhos da cara! Fico imaginando quanto custavam os terninhos bem cortados do Tatu da Ilha da Fantasia!

sábado, 28 de julho de 2007

Uma questão de elasticidade


Todo aviso tem sua razão de ser. "Tinta fresca", "Não pise na grama", "Cuidado com o cão", "Não estacione" e uma infinidade de outros avisos que todos conhecemos de longa data. Se um aviso existe, é porque alguém já fez aquilo que não era para fazer. Pode crer que alguém já sentou num banco que tinha acabado de ser pintado, alguém provocou o pastor alemão errado ou alguém soltou um berro daqueles no saguão de um hospital.

No caso específico deste aviso aí da foto, fico pensando em quantos energúmenos meteram o pé na parede do estabelecimento, a ponto de terem de fazer uma placa proibindo tal ato. Para que alguém põe o pé na parede, afinal? O ser humano sempre me surpreende com sua infinita capacidade de fazer besteira e de ser inoportuno. Em pouco tempo teremos novos avisos como:



  • Não rale noz moscada no olho do porteiro

  • Favor não espalhar sagú no saguão

  • Proibido respirar no cangote da freira Dolores

  • Não dê pirulitos para o maestro

  • Proibido jogar lixo em feridas abertas

  • Não ande pelado no deck nem no jardim de inverno

  • Favor não palitar os dentes com pedaços de unhas cortadas

  • Não embebedar o mico Juquinha com St. Remy

  • Favor botar a mão na boca ao tossir e ao espirrar na sala de fertilização in vitro

Pratos incompletos. Uma discussão filosófica.


Todo mundo fala com orgulho da feijoada completa. "Aqui, feijoada completa!" OK, se um estabelecimento anuncia que ele serve feijoada completa, quer dizer que em algum lugar deve existir uma feijoada incompleta! Para que mencionar o "completa"? Nunca ouvi dizer de uma lasanha completa ou de um risoto completo, todos os outros pratos são completos por natureza.

Gostaria de comer uma feijoada incompleta... Ficaria tentando descobrir qual ingrediente está faltando. Depois de me refestelar, viraria para o garçom e diria: "Já sei, estava faltando o bacon na couve, não é? Maldita feijoada incompleta..."

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Nero é paraguaio?


O propósito do produto acima é muito claro: queimar. Estamos acostumados a usar álcool para limpeza geral de nossos lares (alguns também o bebem, isso é fato), mas em terras paraguaias talvez não seja bem assim. Pelo que consta, lá o pessoal é chegado em coisas flamejantes. Nero deve ter nascido por lá.


(Foto graciosamente enviada pela correspondente internacional Adri Carvalho)

domingo, 22 de julho de 2007

Redundância alimentar


Para que ter trabalho de fazer um recheio de abobrinha para rechear uma abobrinha? Uma abobrinha já é naturalmente recheada de abobrinha! Assim como um pão é naturalmente um sanduíche de pão!

Onde estou, para onde vou?


Não se fazem mais elevadores como antigamente. Sinto falta do térreo, sub-solo, 1,2,3,4... Nesses elevadores modernos o que vemos são siglas e códigos estranhos L, M, E1, E2... Eu aperto todos e vou vendo onde chego. Nesses casos precisamos de um glossário ou da volta dos entrépidos ascensoristas, que apesar dos altos e baixos de sua profissão, poderiam nos levar ao andar certo sem que nos preocupemos com siglas surrealistas. Outro dia, ao andar num desses elevadores empetecados, escutei uma menininha de uns 7 anos perguntando para a mãe: "Mamãe, posso brincar com a Paula do E6?" A mãe, cautelosa, respondeu: " De jeito nenhum! Lá não tem grade nas janelas. Onde já se viu morar no E6 e não ter grade? Quero que vocês desçam para o L e brinquem onde eu possa vê-las..."

sábado, 14 de julho de 2007

Efeito Tostines na construção civil*


Perigo para quem? Para o transeunte desavisado que pode ser ferido por uma betoneira ou para a própria obra, que pode ser ameaçada ou destruída pelo mesmo transeunte trapalhão?


* Quartéis do exército se caracterizam como construção civil?

Taxi Driver (clique na foto para melhor visualização)


O aviso acima estava afixado num posto de gasolina de Paraty. O mais estranho é que em Paraty nem deve existir táxi. Eu pelo menos não lembro de já ter visto um nesta bela cidade. Seja lá o que esse aviso queira dizer, nota-se um claro repúdio à função dos taxistas. Táxis não são seguros e são caros, chega-se a qualquer lugar com menos de 10 minutos de caminhada... Cada argumento mais sem cabimento. O táxi foi inventado justamente para que não se precise caminhar!
Outro ponto discutível é quando dizem que táxis não são seguros. A que tipo de segurança se referem? Esses táxis por acaso são bigas romanas ou carregam escorpiões vivos? Que tipo de perigo tão perigoso é esse que merece tal menção? Pode ser que quiseram dizer que o turista corre o risco de ser assaltado pelo taxista. Quem deve temer é o taxista, que está dentro de um carro que pode ser roubado! Um cara que tem um carro não vai perder tempo tentando roubar trocados de turistas... Se ele está precisando de dinheiro, que faça mais corridas e atraia mais clientes.

Homenzinhos nos Jogos Panamericanos


Quem disse que só de sofrimento, abusos e destratos vivem os nobres homenzinhos de placas? Em tempos de Pan (não o Deus do amor nem o chocolatinho mequetrefe...), eis que vejo os homenzinhos sendo usados com muito respeito e dignidade. Estes aí estão na frente do centro esportivo do Ibirapuera. A única coisa estranha é que parece que um deles está jogando vôlei dentro da água. Talvez tenham levado o conceito "vôlei de praia" longe demais.

quinta-feira, 12 de julho de 2007

E o banheiro levou...




Coitado do Clark Gable, virou sinalização para banheiro masculino... Taí uma das desvantagens de ficar famoso. Vão usar sua imagem com os mais absurdos propósitos. Por outro lado, tem artistinha mequetrefe pela aí que adoraria uma boquinha dessas. Ainda por cima negociariam com empáfia o uso de suas imagens nas portas de banheiros: "Só pode usar minha foto se o banheiro for limpo com cloro! Creolina e Pinho Sol estão terminantemente proibidos..."

Pequena lista de proibições


Como faltou placa, eis o restante das atividades proibidas no interior do Parque Florestal da Serra do Mar (Ubatuba, SP) :
  • Brincar de Mãe da Rua
  • Procurar o Jimmy Hoffa
  • Fazer tererê no cabelo
  • Dizer as palavras "cabotino" , "lactose" , "kalimá" e "shoptidê"
  • Soletrar em voz alta a palavra "esternocleidomastóideo"
  • Vestir-se de Narjara Tureta
  • Bater figurinhas na modalidade "à brinca"
  • Fazer pão na chapa
  • Dizer que alguém é frio e calculista
  • Avisar uma pessoa que ela está com um pedaço de rúcula nos dentes
  • Enfiar um polenguinho inteiro na boca
  • Mencionar ou insinuar as Coordenadas Cartesianas de René Descartes
  • Dizer que as festas juninas no Paraguai são mais divertidas que as nossas
  • Solicitar entrega de pizzas, empadas e comida chinesa

Vida fácil em Angra dos Reis


Eis a vista do meu quarto de hotel em Angra dos Reis. Não sei como acham isso legal. Nada como a Rebouças engarrafada para dar sentido às nossas vidas!

Abaixo o urinol


Nada é mais grotesco do que um urinol. Você precisa se concentrar e caprichar na mira se não quiser levar um auto-retro-jato de urina. Não há descarga, a urina fica ali, rindo para você "Tô aqui, não fui embora!! Estou me misturando com o xixi dos outros..." Alguns estabelecimentos colocam gelo e limão dentro do urinol. Dizem que é para não dar cheiro... Eu na dúvida, nem chego perto de uma caipirinha feita neste lugar! Outra que é embaraçoso urinar em cima de limões, sinto-me um pecador. Outros lugares colocam inúmeras bolinhas de naftalina com o mesmo propósito de eliminar odores... Meu Deus, não é mais fácil instalar uma descarguinha no maldito aparato em vez de ficar inventando métodos bizarros de eliminação de odores? Outro problema que enfrento com os urinóis é a altura em que são instalados. Como tenho 1,90m fica praticamente impossível urinar com segurança. As vezes é mais fácil acertar uma maçã com arco e flecha na cabeça de alguém do que acertar o desgraçado do urinol. E ainda tem aqueles que insistem em dar uma olhadinha para o companheiro urinando ao lado. Por essas e por outras que me recuso a usar tal artefato.

Cãoduto e a perversão do adestramento


Tive a solene oportunidade de ver de perto uma aula de adestramento canino. Em primeiro lugar, não faz sentido algum tentar ensinar ao cachorro aquilo que nós humanos achamos o que ele deve fazer! Em segundo lugar, quantas crianças pela aí precisando de escola e ficamos torrando fortunas para terceiros ensinarem idiotices para os cachorros? Não há nada mais surreal... Aula vai, aula vem, eis que o adestrador enfia o pobre border collie num túnel medonho. O cão deve ter passado os piores momentos de sua vidinha nas mãos deste crápula. Se alguém me pega e me joga num túnel escuro sem o meu consentimento prévio, sinto-me no direito de usar a violência para resolver a situação. Os nobres cães nem se utilizam deste recurso irracional, ficam todos com uma carinha de dar dó, como se quisessem dizer: "Pô meu, nem te fiz nada e você fica me jogando nesse túnel... Mó mancada!"

O perigo das "aspas"


Fico intrigado com o uso indiscriminado das aspas por aí. As pessoas acham que elas servem para dar mais importância para as palavras ou coisa do gênero. Este exemplo captado num banheiro de uma tradicional lanchonete paulistana me deixou bastante sensibilizado. No momento em que colocam o "devagar" entre aspas, automaticamente pensamos que é para puxar com força! E foi exatamente o que fiz, só para largarem a mão de empregarem erroneamente as aspas. O pior foi que todos que entravam no banheiro tinham a mesma percepção, pois ouvia-se um forte estrondo seguido de uma gargalhada. Todos ficaram puxando o papel "devagar"...

terça-feira, 3 de julho de 2007

Nelson Rodrigues no buffet antropófago


"Meu namorado é um filé", algumas mulheres orgulhosas podem até dizer isso por aí. Neste buffet antropófago, "filé de namorado" deixa de ser uma ingênua catacrese e assume seu sentido literal. Havia esquecido que às terças o buffet serve carne humana, assim como alguns restaurantes têm o costume de servir feijoada às quartas e assim por diante. Ao perguntar para a dona do restaurante por que anunciar abertamente que a carne era de seu namorado, ela me disse: "O sacripanta estava saindo com a cozinheira. Fatiei o desafortunado e pedi para a própria cozinheira prepará-lo no vinha d'alhos. Ela deve ter aprendido a lição. Caso contrário na próxima terça teremos "filé de cozinheira"...

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Vida dura de estátua


Não quero que façam estátuas em minha homenagem. É degradante. É como se fosse castigado a ficar congelado por toda a eternidade. As estátuas nunca se parecem com o homenageado e ficam por aí ao relento, jogadas à própria sorte. Acabam virando poleiro de pombas e motivo de chacota. Eu que não gostaria de ter meu nariz futucado por engraçadinhos...

Uni-duni-tê macabro


Em um grande shopping de São Paulo armaram uma arapuca para os nossos queridos e sofredores bonequinhos. A catástrofe acontecendo e cada um correndo para a direção oposta do outro! Um deles vai se salvar e o outro se ferrar.
Neste caso específico, além de sacanearem (novamente) os bonequinhos, o shopping também sela o destino de seus clientes, que ficarão em dúvida para que lado correr em caso de emergência. Para onde fugir, afinal? O critério de escolha é seguir o bonequinho que mais te agrada. Eu seguiria o do aviso verde, me passa mais confiança do que o vermelho. O resto, deixa na mão de Deus!

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Salsicha na vertical


Preguiça em níveis extremos. Bateu aquela vontade de fazer um cachorro quente e percebi que todas as panelas estavam ocupadas ou sujas*. Evitando a qualquer custo ter que lavar louça, olhei para a leiteira e pensei "Por que não?". Botei as salsichas ali e as fervi na vertical mesmo. Deu até um outro gosto! Nunca mais usarei o usual método horizontal de preparação de salsichas!


* Por que falamos panela suja? Não é comida que tem lá dentro? Seguindo a lógica, podemos afirmar então que comida é igual a sujeira. Pisar numa lasanha é a mesma coisa que pisar num cocô de cachorro.

Restaurante Espírita


Temos restaurantes japoneses, italianos, macrobióticos, microbióticos, nanobióticos, tailandeses, vagabundos, sujinhos, metidos a besta... Quando pensei que mais nenhum tipo de restaurante poderia ser criado, eis que fui surpreendido quando recebi um convite para ir à inauguração de um restaurante espírita. A comida era normalzinha, simples, nada de outro mundo. O que mais me chamou a atenção foi o aviso na porta que dizia haver 50 lugares no piso superior... O garçom me disse que estes lugares foram conseguidos por uma permuta que o restaurante fez com Deus. Em troca de almoços na faixa, o Todo Poderoso cedeu 50 lugares no Paraíso, estes que serão distribuídos aos clientes por meio de sorteio. Eu que não volto mais lá, vai que eu ganho...

terça-feira, 26 de junho de 2007

Supermercado de bacana é outra coisa...


Estamos em pleno inverno. Pensando no bem estar de seus produtos, um supermercado bacaninha está colocando toquinha nas frutas-do-conde. Afinal, não queremos ver nenhuma fruta de alta estirpe resfriada ou desamparada pela aí neste frio cruel de São Paulo.

Corretor na contramão


Se você quiser visitar o plantão de corretores deste empreendimento imobiliário de alto padrão na Cidade Jardim, vai ter que cometer uma infração de trânsito. O prédio realmente é uma beleza, um por andar, pé direito alto, mas será que realmente vale a pena dirigir perigosamente para obter maiores detalhes? Vale botar a sua vida e a de outros motoristas em perigo? Fico pensando se acabarem não vendendo nenhum apartamento. Qual seria a justificativa que os corretores dariam para a diretoria da construtora? "Não vendemos nada pois construiram o prédio na contramão! Ninguém consegue chegar lá! Se pelo menos a rua fosse de mão dupla..."

sábado, 23 de junho de 2007

Série frases de auto-ajuda: Fazer barba


"Antes de reclamar por ter que se barbear, pense que poderia ser bem pior. Dos olhos para baixo, tudo poderia ser barba!"

Andy Monpist, imberbe.

Dá uma mãozinha aí...


Eis a prova da existência do mercado negro de membros humanos. Estão vendendo mão e pé pela aí na cara dura, em plena luz do dia. Este estabelecimento aqui até fez um banner maneiro divulgando os preços. Reparem que um pé é mais caro do que uma mão. Sinceramente não entendo a lógica desta precificação. Quem deve ter se sentido valorizado é o Sací, que apesar de ter só um pé, este vale quase por suas duas mãos. Entrei na loja e fiz essa piadinha para a vendedora. Ela ficou brava e me expulsou dizendo: "Saia daqui se não quiser levar um pé na bunda!" Retruquei: "Passe a mão então, é R$ 5,00 mais barato..."

sexta-feira, 22 de junho de 2007

É melhor fazer o que ela manda


Eis a irmã do "Aperte o botão e aguarde". Não sei qual das duas é a mais nociva. Esta aqui nos dá a idéia de que para atravessar a rua você TEM que apertar o botão, como uma espécie de permissão, benção. "Quer atravessar, hein? Só depois de apertar este botão aqui, caso contrário a casa vai cair pro teu lado..."
Reparem na mãozinha apertando o suposto botão, muito invasivo pro meu gosto. Eu, na dúvida, apertei o botão e atravessei. Bem pianinho...

domingo, 17 de junho de 2007

Cachorro não gosta de biscoito!


Vejam esta embalagem de biscoito canino. O dono do cão oferece o biscoito e o animal o ataca ferozmente com uma patada na cara. É como se ele dissesse: "Dono tolo! Não gosto desta gororoba! Terei que crivar seu rosto de golpes para que você entenda de uma vez por todas que eu gosto é de carne!"

O curioso é que nas embalagens destes produtos sempre lemos "Delicioso sabor sei lá do que", "os cães adoram". Quem disse isso? Alguém já entrevistou um cachorro para ver do que ele gosta? Nunca nenhum cachorro chegou para mim e disse "Pô meu, eu adoro esses biscoitinhos aí!"