quarta-feira, 28 de maio de 2008

Acerte o vaso e Nós e a sujeira (bônus)

Já sabemos que todo aviso existe porque alguém já fez exatamente o que ele pede para não fazer. Para chegarem ao ponto de pedir para não jogar papel ou "qualquer objeto" quer dizer que já jogaram no vaso coisas como espremedor de alho, bico de Bunsen, régua Desetec, etc.

Esse aviso aí me chamou a atenção pela pitoresca representação de um bebê-adulto com cara de sacana jogando basquete com a privada. Ouvi dizer que estes seres zombeteiros, os "véios-nenês", de fato existem e costumam bagunçar banheiros por aí. Seriam quase uma lenda urbana como a loira do banheiro.

Seu banheiro sujou sem aparente motivo? Tem véio-nenê na parada, fique esperto. Aliás, já repararam como banheiros ficam imundos mesmo sendo usados de forma civilizada? Custo a acreditar que todas aquelas cracas e nojeiras que se instalam no box do banheiro tenham saído de mim. Impossível. Deve ter véio-nenê lá em casa apavorando o banheiro quando estou fora.

Outro ponto que me intriga: Por que as toalhas de banho ficam sujas? Elas são usadas para secar corpos devidamente limpos depois do banho e teoricamente deveriam ser uma das coisas mais imaculadas da face da terra. Se elas ficam sujas quer dizer que o banho que tomamos não foi tão eficaz assim. Devemos estar tomando banho errado ou usando produtos que não nos limpam direito. Vou experimentar substituir o sabonete por desinfetante e soda cáustica para ver se a minha toalha se mantém limpa.

A relação do ser humano com a sujeira é interessante e perversa. Boa parte das nossas vidas passamos lutando contra ela: banhos, escovar os dentes, lavar as mãos, lavar roupa, lavar louça, faxina, lavar e aspirar o carro e uma infindável lista de atos contra a sujeira. Será que não deu para notar que nunca vamos ganhar essa guerra? No final a sujeira sempre vence. Experimente tomar um extraordinário banho e ficar deitado na cama imóvel por uma semana. Você vai ficar imundo e fedendo, não tem jeito. A sujeira sempre tem razão. Ela é a única certeza nessa vida, mais certeza do que a própria morte.

Um comentário:

Anônimo disse...

Hahahahaha, véio-nenê apavorando a parada é o máximo! Síntese pura. Um novo clássico eu diria :-)
E é isso né, do pó viemos ;-)