quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

A verdade sobre as amostras

Feliz 2008 a todos. Já começamos o ano com incongruências, como podem notar na foto acima. Posso comer um pedaço desse pão? Não, veja a plaquinha, é só para amostra! Come se não soubéssemos como é um pão. Pão é pão, não precisa de amostras. Aliás, o pão é sua própria auto-amostra. Salvo apenas quando inventaram o próprio pão, lá na Era Neolítica, aí sim fazia sentido uma primeira amostra. Mas mesmo assim ela deve ter sido comida.

O curioso é que o conceito geral de amostra é pegar um exemplar de alguma coisa e descontextualizá-la, privá-la de seu uso normal. Amostra é prisão, é o tolhimento de um direito básico da coisa de ser ela mesma. Pão de amostra, é um pão que ninguém come, ou pelo menos não deveria. Mas como as atrizes, modelos deslumbrantes e outras mulheres inatingíveis, tem sempre alguém que come.

Isso porque eu nem entrei no mérito de que a referida amostra do pão é na verdade uma maquete feita de poliestireno expandido, tipo um manequim de pão. Isso deve dar um trabalho fenomenal... Escolher o material, chegar na textura ideal, cor e tamanho, imaginem quanto foi gasto em pesquisas. Não seria mais fácil, barato e politicamente correto fazer um pão mesmo? Com a vantagem de que ele pode ser comido depois por algúem que esteja com fome e que possa dizer às outras pessoas o quanto o pão é gostoso, iniciando assim um processo de propaganda boca a boca*.

* Esta expressão deveria ser boca a ouvido. Pelo que eu saiba, ninguém ouve com a boca. No caso de um deficiente auditivo, a expressão deveria ser boca a olhos. Mas e se ele for cego também, putz está ficando complexo isso aqui.

Um comentário:

Anônimo disse...

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